O Senado pode votar nesta semana
o projeto de lei que legaliza os jogos de azar no Brasil, incluindo apostas
esportivas, cassinos, bingos e jogo do bicho. A proposta, já aprovada pela Câmara
dos Deputados, enfrenta forte resistência de setores religiosos e
conservadores, mas conta com o apoio de senadores que defendem a regulamentação
como forma de ampliar a arrecadação do Estado e criar empregos.
O relator do projeto, senador
Irajá (PSD-TO), afirma que a legalização pode gerar mais de 700 mil empregos
diretos e indiretos, além de movimentar cerca de R$ 20 bilhões por ano. Ele
também destaca que a proposta prevê mecanismos de controle, fiscalização e
medidas para combater a lavagem de dinheiro.
Do outro lado, críticos alertam
para os riscos sociais, como o aumento do vício em jogos, o endividamento de
famílias e a possibilidade de crescimento da criminalidade. A Confederação
Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e lideranças evangélicas têm pressionado
contra a aprovação.
O presidente do Senado, Rodrigo
Pacheco, ainda não confirmou se levará a matéria ao plenário, mas a pressão de
parlamentares favoráveis à votação cresceu após o avanço de regulamentações
parciais das “bets” pela Medida Provisória do governo. A decisão deve refletir
o equilíbrio de forças entre os interesses econômicos, sociais e religiosos no
Congresso.