Morte de Preta Gil reforça alerta sobre o câncer colorretal, terceiro mais comum no Brasil

A morte da cantora Preta Gil, ocorrida neste domingo (21) em Nova Iorque, onde ela tratava um câncer colorretal com um procedimento experimental, destaca a crescente incidência do câncer colorretal no Brasil. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), essa forma da doença ocupa o terceiro lugar em frequência no país e é considerada uma das mais silenciosas. Quando diagnosticada tardiamente, reduz significativamente as chances de cura.

O câncer colorretal afeta o cólon, o reto e o intestino grosso, originando-se da multiplicação desordenada de células nessas regiões. Esse crescimento anômalo resulta na formação de tumores, que, se não tratados, comprometem o funcionamento do organismo. Dados alarmantes apontam que 85% dos casos no Brasil são identificados somente em estágios avançados da doença, o que limita as opções de tratamento e a possibilidade de cura.

Especialistas destacam vários fatores de risco para o câncer colorretal, como idade superior a 50 anos, histórico familiar da doença, dieta desequilibrada (com baixo consumo de fibras e alto índice de carnes processadas), sedentarismo, obesidade, tabagismo, alcoolismo e doenças inflamatórias intestinais, como a retocolite ulcerativa e a doença de Crohn.

Entre os sintomas que merecem atenção estão alterações no ritmo intestinal, como constipação ou diarreia frequente, distensão abdominal, dor abdominal, presença de sangue ou muco nas fezes, e sensação de evacuação incompleta. “Se você percebe mudanças no seu intestino, como prisão de ventre ou diarreia mais frequente, fique atento”, recomenda o médico endoscopista Ricardo Pessoa, em entrevista à equipe da TV Cidade. “Se esses sintomas persistirem, procure assistência médica”.

Tratamento de câncer colorretal no Ceará

A colonoscopia é o exame mais eficaz para diagnosticar o câncer colorretal. No Ceará, o Hospital César Caos, em Fortaleza, realiza o procedimento, recebendo pacientes encaminhados por unidades de saúde. Karina Rodrigues, moradora de Aracati, é um exemplo de caso precoce. Ela procurou atendimento após um sangramento em janeiro, quando foi encaminhada para realizar o exame. “É melhor prevenir do que tratar uma doença já avançada”, afirmou a auxiliar administrativa.

O câncer colorretal é o segundo mais comum no estado, e o terceiro com maior taxa de mortalidade entre homens e mulheres cearenses. Contudo, a detecção precoce faz toda a diferença. Se identificado no início, o câncer colorretal tem até 90% de chances de cura.

Profissionais de saúde recomendam que todas as pessoas com mais de 45 anos ou com histórico familiar da doença busquem orientação médica para iniciar a prevenção. “Quanto mais cedo a doença for identificada, maiores as chances de cura”, reforça o médico Ricardo Pessoa.

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