A investigação
da PF (Polícia Federal) aponta que o deputado federal Júnior Mano (PSB-CE)
seria um dos líderes do suposto esquema de desvio de recursos públicos. A
informação foi confirmada à CNN por fontes ligadas à apuração e também do STF
(Supremo Tribunal Federal).
Para a PF, a
apuração já está em estágio avançado. As primeiras fases da investigação
começaram ainda durante o período eleitoral de 2024.
A suspeita é
que o deputado articulava o envio de emendas parlamentares e, em contrapartida,
ao menos parte dos recursos eram desviados para pagamentos ilegais.
O parlamentar
também participaria de um esquema de fraude em licitações. Investigadores
apontam que em um "jogo combinado" com autoridades locais e
empresários, durante os procedimentos, as empresas de "cartas
marcadas" ganhavam os contratos.
Parte do
montante ilícito, de acordo com a investigação, iria para um caixa dois para
custear campanhas políticas.
Entenda
Júnior Mano foi
alvo de busca e apreensão, nesta terça-feira (8). Os agentes federais
apreenderam equipamentos eletrônicos e documentos nos endereços do deputado no
Ceará e em Brasília (DF) e no gabinete na Câmara dos Deputados. Mano nega
qualquer irregularidade.
Em nota, o
deputado federal Júnior Mano negou ter "qualquer participação em processos
licitatórios, ordenação de despesas ou fiscalização de contratos
administrativos".
Ao todo, a
operação PF cumpriu 15 mandados de busca e apreensão. Além das buscas em
Brasília (DF), a operação alcançou cinco municípios do Ceará: Fortaleza,
Baixio, Canindé, Eusébio e Nova Russas.
Os mandados
foram autorizados pelo ministro Gilmar Mendes. O magistrado também determinou
autorização para a PF a ter acessos aos equipamentos eletrônicos do deputado
federal. Os materiais serão periciados pela corporação em Brasília.
(Gabriela Prado
e Luísa Martins, da CNN, Brasília)