O
governo dos Estados Unidos cancelou os vistos da mulher e da filha de dez anos
do ministro da Saúde, Alexandre Padilha. A família do ministro do governo Lula
foi comunicada sobre os cancelamentos na manhã desta sexta-feira, 15, pelo
consulado Geral dos Estados Unidos em São Paulo.
O
governo de Donald Trump diz que os vistos foram cancelados porque, após a
emissão, “surgiram informações indicando” que a mulher e a filha de Padilha não
eram mais elegíveis. Ao blog da jornalista Ana Flor, o ministro disse que não
teve visto cancelado porque o dele está vencido há vários meses. Ele está sem
visto desde 2024.
Nesta
semana, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, chefe da
diplomacia do governo Donald Trump, revogou os vistos do secretário de Atenção
Especializada à Saúde do Ministério da Saúde Mozart Júlio Tabosa Sales, e de
Alberto Kleiman, um ex-funcionário do governo brasileiro. Rubio cita, como
razão para a medida, o programa “Mais Médicos”, política pública criada no
governo de Dilma Rousseff para suprir a carência de médicos nos municípios do
interior e nas periferias das grandes cidades do Brasil. A pasta da Saúde era
chefia por Padilha na época da criação do programa.
Em
sua conta no X (antigo Twitter), o ministro da Saúde disse que o programa sofre
um ataque injustificável. “O Mais Médicos, assim como o Pix, sobreviverá aos
ataques injustificáveis de quem quer que seja. O programa salva vidas e é
aprovado por quem mais importa: a população brasileira. Não nos curvaremos a
quem persegue as vacinas, os pesquisadores, a ciência e, agora, duas das
pessoas fundamentais para o Mais Médicos na minha primeira gestão como Ministro
da Saúde, Mozart Sales e Alberto Kleiman”, escreveu o ministro na quarta-feira,
13.
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Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil |