O Exame Nacional do Ensino
Médio (Enem) de 2025 registrou cerca de 5,5 milhões de inscritos em todo o
país, segundo o Ministério da Educação. O número representa um crescimento de
mais de 30% em relação à edição de 2022 e se consolida como o maior desde 2020,
quando o exame foi aplicado nos formatos impresso e digital. O ministro da
Educação, Camilo Santana, comemorou o aumento e destacou o alcance da política
educacional como ferramenta de transformação.
O total de inscrições ainda
pode sofrer alterações, pois depende da confirmação do pagamento da taxa de R$
85 para os candidatos não isentos, que têm até 27 de junho para efetuar o
pagamento. A operação pode ser realizada por meio de boleto bancário, Pix,
cartão de crédito ou débito, com os boletos disponíveis na Página do
Participante, plataforma oficial do exame.
Desde a queda registrada nos
anos da pandemia, quando os números chegaram a 4 milhões em 2021 e 3,39 milhões
em 2022, a adesão ao Enem tem apresentado sinais consistentes de recuperação.
Em 2023, o número subiu para cerca de 3,9 milhões e, agora, volta a alcançar
patamares mais próximos aos da década passada. O recorde histórico, no entanto,
segue com a edição de 2014, que contabilizou quase 9,5 milhões de inscrições.
Entre os isentos da taxa estão
os estudantes do 3º ano do ensino médio de escolas públicas, os participantes
do programa Pé-de-Meia e aqueles que tiveram isenção concedida previamente pelo
Inep. A ampliação do prazo de pagamento e a diversificação dos meios para
quitação da taxa são, segundo o ministro, estratégias para ampliar o acesso e
garantir a participação de mais jovens.
As provas do Enem estão
marcadas para os dias 9 e 16 de novembro em todo o país, com exceção de três
municípios do Pará — Belém, Ananindeua e Marituba — onde serão aplicadas em 30
de novembro e 7 de dezembro por causa da realização da COP30. O resultado final
está previsto para ser divulgado em 16 de janeiro de 2026.
Considerado a principal porta
de entrada para o ensino superior no Brasil, o Enem permite o acesso a
programas como Sisu, Prouni e Fies, além de ser aceito em instituições de
ensino superior em Portugal conveniadas ao Inep. A partir de 2025, o exame
volta a valer também como alternativa para obtenção do certificado de conclusão
do ensino médio para maiores de 18 anos.