As
Forças Armadas da Alemanha estão planejando construir sua própria constelação
de satélites. O objetivo é garantir uma alternativa à Starlink, da SpaceX, do
bilionário Elon Musk, segundo o site alemão Handelsblatt.
Inicialmente,
o cronograma para que o sistema entre em operação é 2029. Um porta-voz do
Ministério da Defesa alemão confirmou a existência do plano à reportagem, mas
detalhes sobre custos e logística ainda são confidenciais por questão de
“segurança nacional”.
“Várias
opções estão sendo exploradas para o desenvolvimento potencial de constelações
para atender à crescente necessidade de reconhecimento espacial por meio de
capacidades nacionais”, afirmou.
Plano ousado
Conhecidas
como Bundeswehr, as Forças Armadas alemãs pretendem lançar os satélites para
fins de comunicação e, futuramente, sensoriamento remoto, de acordo com a reportagem.
O
custo da operação pode chegar a 10 bilhões de euros, de acordo com um
especialista consultado pelo site. Atualmente, a Bundeswehr opera apenas dez
satélites no espaço.
O
projeto ocorreria paralelamente ao acordo da União Europeia, do qual o país é
membro, que prevê o lançamento de uma constelação de 290 satélites de
comunicação. O contrato de concessão de 12 anos pretende colocar novos
equipamentos em órbita até 2030, como relatou o Olhar Digital.
A guerra por trás de tudo isso…
O
interesse da Bundeswehr por uma alternativa à Starlink também está associada à
invasão da Rússia na Ucrânia. A guerra evidenciou a dependência do Exército
ucraniano ao sistema da SpaceX, que opera os satélites de comunicações
militares no país.
A
única opção viável para o presidente Volodymyr Zelensky é a constelação OneWeb,
uma rede de 630 satélites, o que representa um décimo do tamanho da
megaconstelação Starlink da empresa de Musk.
Recentemente,
o governo da Itália confirmou o lançamento de 38 satélites pelo grupo
aeroespacial e de defesa italiano Leonardo com fins militares e civis,
incluindo IA.