"Continuar
a rezar para que se ponha um fim às guerras": em seus apelos após rezar o
Angelus, o Papa Leão XIV mencionou inicialmente o aniversário das explosões
atômicas em Hiroshima e Nagasaki, afirmando que este despertou em todo o mundo
a "a necessária rejeição da guerra como caminho para a resolução dos
conflitos".
O 80º
aniversário dos bombardeios de Hiroshima e Nagasaki reacendeu em todo o mundo a
necessária rejeição da guerra como meio de resolução de conflitos. Que aqueles
que tomam as decisões tenham sempre presente sua responsabilidade pelas
consequências de suas escolhas sobre as populações. Não devem ignorar as
necessidades dos mais vulneráveis e o desejo universal de paz.
Na
Audiência Geral da última quarta-feira, Leão XIV havia recordado o 80º aniversário dos bombardeios atômicos
nas cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki: "acontecimentos
trágicos" que "servem como um alerta universal contra a devastação
causada pelas guerras, e em particular pelas armas nucleares".
Espero
que, no mundo atual, marcado por fortes tensões e conflitos sangrentos, a
ilusória segurança baseada na ameaça da destruição recíproca dê lugar aos
instrumentos da justiça, à prática do diálogo e à confiança na fraternidade.
Paz
entre Armênia e Azerbaijão
E em
um mundo marcado pelas divisões e conflitos, como acentuou ao final de sua
reflexão antes de rezar o Angelus, o Santo Padre saudou um acontecimento que
contribui para a paz:
Congratulo-me
com a Armênia e o Azerbaijão pela assinatura da Declaração Conjunta de Paz.
Faço votos que este evento possa contribir para uma paz estável e duradoura no
Cáucaso do Sul.
De
fato, na última sexta-feira, 8, o presidente azerbaijano Ilham Aliyev e o
primeiro-ministro armênio Nikol Pashinyan assinaram um acordo de paz na Casa
Branca, na presença do presidente dos EUA, Donald Trump. A relação conflituosa
entre os dois países do Cáucaso Meridional perdura desde 1988, desencadeando
duas guerras, uma na década de 1990 e outra em 2020, e levando à fuga de mais
de 100.000 armênios do Azerbaijão em 2023, após o ataque militar azerbaijano à
região separatista de Nagorno-Karabakh.