A
partir de agosto, os pacientes da rede pública poderão ser atendidos também por
planos de saúde em todo o Brasil. A expectativa é que, neste primeiro momento,
R$ 750 milhões em dívidas de ressarcimento ao SUS adquiridas pelas operadoras
sejam convertidas em mais consultas, exames e cirurgias com foco em áreas
estratégicas e conforme a demanda apresentada pelos estados.
A
medida, que faz parte do programaAgora Tem Especialistas, visa ampliar o
atendimento e reduzir o tempo de espera na atenção especializada. A portaria que viabiliza a troca de dívida de
ressarcimento ao SUS por atendimento foi apresentada, nesta segunda-feira (28),
pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
São
ações do Agora Tem Especialistas voltadas à mobilização da estrutura de saúde
privada para aumentar a capacidade de atendimento da rede pública. Para isso, o
governo federal possibilitará aos planos de saúde converterem em serviços
especializados as dívidas que têm com o SUS. Elas ocorrem quando não são
ressarcidos valores referentes a procedimentos realizados pela rede pública e
não pelos planos contratados.
Viabilizada
por uma portaria conjunta do Ministério da Saúde e da Advocacia-Geral da União
(AGU), a oferta de assistência aos pacientes do SUS pelos planos de saúde
atenderá ao rol de procedimentos do programa Agora Tem Especialistas, que
prioriza seis áreas em que há maior carência por serviços especializados: oncologia, oftalmologia, ortopedia,
otorrinolaringologia, cardiologia e ginecologia. Também será considerada a
demanda dos estados e municípios, que vão apresentar as suas necessidades.
Para
participar, os planos de saúde devem aderir ao edital conjunto do Ministério da
Saúde e da ANS. Para usufruírem do
benefício de converter a obrigação do ressarcimento em prestação de serviços,
as operadoras de planos de saúde precisam aderir de forma voluntária ao
programa.
Para
isso, devem comprovar capacidade técnica e operacional, além de disponibilizar
uma matriz de oferta que atenda às necessidades do SUS. Entre as vantagens da
adesão estão: regularidade fiscal, uso da total capacidade dos hospitais
conveniados e redução de litígios administrativos e judiciais.
(Informações
do Ministério da Saúde)