O atacante Mateus Gonçalves, de 29 anos, conhecido no futebol
brasileiro pelo apelido de “El Rayo”, foi preso em flagrante nesta terça-feira
(10) por tráfico de drogas e associação criminosa, na cidade de Juti, no Mato
Grosso do Sul. O jogador, que passou por clubes como Ceará, Vitória e Goiás,
estava em um dos veículos que faziam parte de um comboio de tráfico que
transportava 187 kg de maconha.
De acordo com informações da Polícia Militar Rodoviária, a prisão
ocorreu por volta das 20h, durante patrulhamento na rodovia MS-156, nas
proximidades de Caarapó. A equipe policial identificou dois veículos em alta
velocidade, levantando suspeitas. Após perseguição, os agentes conseguiram
interceptar os carros. No HB20, estavam Mateus Gonçalves e Luiz Henrique
Pereira, que atuavam como “batedores” — responsáveis por alertar os condutores
do carro que carregava a droga sobre possíveis fiscalizações na estrada.
O segundo veículo, onde estavam os 187 kg de maconha, era
conduzido por outros dois suspeitos. Todos os envolvidos foram levados para a
Delegacia de Polícia Civil de Juti, onde foram autuados por tráfico de drogas e
associação criminosa. A operação resultou na prisão de quatro pessoas e na
apreensão da carga ilícita.
Carreira
no futebol
Mateus Gonçalves teve passagem marcante pelo Ceará entre 2019 e
2021, atuando em 56 partidas, com sete gols marcados e uma assistência. Ele foi
campeão da Copa do Nordeste em 2020 com o Alvinegro de Porangabuçu e marcou um
dos gols da vitória por 3 a 1 contra o Bahia na primeira partida da final, no
estádio de Pituaçu.
Após deixar o Ceará, foi vendido ao Cerro Porteño, do Paraguai,
por cerca de R$ 2 milhões. Posteriormente, defendeu América Mineiro, Vitória,
Goiás e, mais recentemente, o Athletic-MG, onde disputou 11 partidas e marcou
apenas um gol.
A prisão de Mateus Gonçalves causa surpresa e repercussão no mundo
do futebol, especialmente entre os torcedores dos clubes pelos quais atuou. Até
o momento, nenhum representante legal do jogador se pronunciou oficialmente sobre
o caso. A investigação continua sob responsabilidade da Polícia Civil do Mato
Grosso do Sul.