Após uma série de adiamentos, o
presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou nesta segunda-feira um decreto com
a Nova Política de Educação à Distância.
O documento busca regular as
modalidades de graduação após um crescimento de cursos on-line.
De acordo com regras que vieram
à público no domingo, nenhum curso poderá ser 100% à distância. As graduações
de medicina, direito, odontologia, enfermagem e psicologia precisam ser
oferecidas exclusivamente em formato presencial.
O texto estava previsto
inicialmente para ser publicado em 31 de dezembro do ano passado. No entanto,
foi adiado quatro vezes. A última portaria, de 10 de abril, dizia que ele seria
publicado até 9 de maio, esta sexta-feira, o que não aconteceu.
A preocupação do governo com o
ensino à distância se dá pela explosão de matrículas nos últimos oito anos — de
1,7 milhão para 4,9 milhões de alunos, um salto de 179% —, ao mesmo tempo em
que os questionamentos sobre a qualidade dessa formação se multiplicam.
As críticas se dão
especialmente pelo fato de algumas profissões que exigem aprendizado prático,
como enfermeiros e professores, estarem sendo formados com carga horária
on-line cada vez maior. Alguns casos, como as licenciaturas, possuem apenas os
estágios sendo realizados presencialmente.
(O Globo)